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AS HIENAS
(1986)
 

De Bráulio Pedroso

Direção: Isnard Azevedo

 

Elenco:

Bita Brasileira

Sylvio Mantovani

Zica Vieira

Este espetáculo compõe o fechamento da “Trilogia do Homem”, denominação formulada pelo grupo que se inicia com a montagem de Curto Circuito em 1985, e continua com Se Chovesse Vocês Estragavam Todos.

A trilogia do homem representa para o Dromedário um caminho e um processo de criação a partir de abordagens diversificadas num tema único: “O homem e seu entorno”.

 

Em As Hienas, desenvolvemos reflexões psicológicas e simbólicas sobre o homem que luta contra o coletivo em busca de sua identidade, lutando pelos esconderijos e pelos companheiros enquanto As Hienas, símbolo máximo do homem transformado, farejam e espreitam pelas frestas, de um mundo onde o que vale é a lógica da sobrevivência.

 

(texto manuscrito de Isnard Azevedo)

 

 
CONCEPÇÃO DO ESPAÇO CÊNICO

Segundo a direção, a concepção cênica desta montagem, parte de uma nova leitura do texto, que buscasse uma narrativa apoiada exclusivamente na interpretação dos atores, tomando seu corpo como limite último de sua dimensão emocional.

Para tanto, foram eliminados quaisquer recursos, cenográfico ou de iluminação. Para um reforço na compreensão da proposta, era preciso que tudo fosse absolutamente real.

Considerando-se estas questões geradoras, foi encontrado um espaço que se adaptava perfeitamente às características da proposta, novamente no prédio da Antiga Alfândega, só que no primeiro pavimento, uma ampla circulação, com um pé direito de quase 5 metros de altura; com uma sequência de portadas; com uma escada de madeira central, com um peitoril em balaustradas de madeira. A ESCADA, elemento narrativo principal do texto, um elemento existente... a negação do espaço cenográfico de representação.

O piso de madeira, em largas tábuas, davam uma unidade tanto para a representação como para o público, uma vez que as cadeiras se localizavam no mesmo plano.

Mais uma vez, uma experiência interessante. A relação público/espetáculo, mantem características italianas, de cena frontal, entretanto, rompendo-se elementos distanciadores, tais como desníveis cena/público e principalmente toda a questão cenográfica/ilusionista, por certo o grupo não se vale de definições únicas para o desenvolvimento de seu trabalho, confirmando seus objetivos de pesquisa e renovação cênica.   

(Texto de Isnard Azevedo em trabalho acadêmico para a disciplina As Concepções do Espaço Cênico, do professor Clovis Garcia – Escola de Comunicação e Arte – ECA, 1990)

PREMIAÇÕES

Troféu Bastidores 1986 – Melhores do Teatro Florianopolitano

Melhor Direção: Isnard Azevedo

Melhor Atriz: Bita Brasileira

Prêmio Especial de Ator: Sylvio Mantovani

 

Apoio Cultural: Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo

Fundação Catarinense de Cultura

AGT – Associação dos Grupos Teatrais

Pita Brasileira e João Zica Vieira
Sylvio Mantovani e Pita Brasileira
Sylvio Mantovani e João Zica Vieira
Sylvio Mantovani, Pita Brasileira e João Zica Vieira
Pita Brasileira
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