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AGNUS DEI
(1995)
 

De Leonore Fleicher

(adaptação do romance Agnus Dei, por Sulanger Bavaresco)

Direção: Sulanger Bavaresco

 

Elenco:

Regina Prates (Agnes)

Karen Suyan (Drª Martha Livinsgton)

Mônica Ceola (Madre Superiora)

Isabel Grasel (Iramã Marguerite)

Reinaldo Grankof (Juiz na 1ª temporada)

Iur Gomez (Juiz na 2ª temporada)

Figuração (Freiras):

Patrícia Duarte

Patrícia Valim

Puka Saraiva

Scheila Martins

Jocelino Rodrigues

Agnus Dei apresenta o drama de Agnes, jovem noviça acusada do assassinato de seu filho, logo após o nascimento. Agnes que teve uma infância traumática e foi criada dentro de um convento não compreende a situação em que esta envolvida e torna-se o pivô da discussão sobre o conflito entre ciência e religião, travado entre a psiquiatra Martha e a Madre Superiora do convento.

Com a adaptação do romance, foram inseridos a cena novos personagens, que emolduram e instigam o conflito que une as três personagens centrais, através da criação de sub-cenas. Este recurso possibilitou ao espetáculo seu desenvolvimento contínuo, anulando a necessidade de black-outs para marcar as mudanças de cenas e a passagem do tempo.

 

Agnus Dei foi o primeiro espetáculo a ser encenado no hall da Faculdade de Educação – FAED, prédio histórico do centro da cidade. A montagem procurou utilizar o espaço em toda a sua potencialidade cênica. Às escadas, pilares, portas e varandas existentes no local, o Grupo acrescentou apenas dois bancos de jardim, um grande portão de ferro e folhas secas em determinada área, realçando a simplicidade do convento. A iluminação utilizada procurou estabelecer uma atmosfera de suspense e tensão, indispensáveis ao desenvolvimento do espetáculo.

 

Após a temporada de estréia, o espetáculo foi adaptado para o palco italiano e outros espaços não convencionais.

(texto de Sulanger Bavaresco)

 

CONCEPÇÃO DE ESPAÇO CÊNICO

Em todo o processo de transição da obra literária original para o teatro, o Grupo buscou a construção de um texto que pudesse ser encenado em qualquer espaço. Desde o italiano, passando pelo arena, até os mais inusitados. Tal elaboração deu-se em parte, pelas dificuldades em conseguir pauta por períodos expressivos nos teatros da cidade e, principalmente, pela tradição do Grupo em explorar o ato cênico em espaços alternativos.

A definição, por sugestão do cenógrafo Sylvio Mantovani, em outubro de 1994, do hall central da FAED – Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina, atual Museu da Escola Catarinense, para a encenação do espetáculo, com estréia prevista para 12 de janeiro do ano seguinte, culminou com o tratamento final do texto adaptado por Sulanger Bavaresco.

Ao desvendar as possibilidades de encenação neste prédio, construído na década de 20, optou-se pela ambientação de um convento, utilizando as escadas, portas, pilares e varandas de sua arquitetura como elementos assumidos cenograficamente. A disposição do público deu-se de maneira frontal à cena. Embora essa definição remetia-se inevitavelmente ao palco italiano, nossa pretensão era a de acomodar os espectadores em bancos característicos de igrejas (impossibilitada por questões orçamentárias), tirando proveito dos diversos aspectos cenográficos em favor de uma leitura que situasse o público dentro do espaço de cena.

Além dos elementos presentes no prédio, foi instalado um enorme portão de ferro localizado em primeiro plano, alternando sua posição (aberto ou fechado) em função das cenas, e dois bancos de jardim envelhecidos em uma área coberta por folhas secas. A limpeza da cena deu-se tanto pela valorização do espaço assumido para a representação, quanto pela definição da direção cênica em destacar a atuação dos intérpretes em um ambiente livre de excessos . Como adereços à ambientação e exigências prementes de determinadas cenas, utilizamos: castiçais com velas, baldes de madeira, bacia, jarro, vassoura, cestas, laranjas, flores, lampiões e pastas de arquivo.

O desafio para concepção da iluminação, num espaço tão grande com a disposição de um equipamento mínimo foi vencido pelo intuito de tirar proveito máximo de suas possibilidades físicas. Portas, varandas, escadas, corredores e pilares possibilitaram recortes de iluminação, contra-luzes e projeção de sombras, em muitos casos a partir do uso de lâmpadas comuns. A utilização de velas e lampiões de querosene resultaram da pesquisa de utilização de luz natural. O resultado obtido enriqueceu a ambientação cênica proporcionando uma atmosfera misteriosa e ritualista, propicia ao desenrolar das cenas. 

O espetáculo realizou duas temporadas neste espaço, mas foi apresentado em outros cinco espaços diferentes, sendo que, quando apresentado em auditórios valeu-se do uso de quatro pilares, dois bancos de jardim e folhas secas no chão  como únicos elementos da versão cenográfica original.

Na cidade de Tubarão o espetáculo foi apresentado no auditório da UNISUL. Na cidade de Itajaí o espaço utilizado foi a sala para espetáculos da Casa de Cultura Dide Brandão. Em Criciúma, participando do  Festival Catarinense de Teatro, o grupo optou por utilizar o Hall de entrada do Teatro Elias Angeloni, dispondo o público em semi arena e fazendo uso das escadas e varandas existentes no local. Em Concórdia, a apresentação deu-se em um bar, com o público disposto no salão e piso superior, enquanto a representação ocorria na área em frente ao balcão do bar.

 

Ainda em Florianópolis, o Grupo encerrou as atividades ligadas ao espetáculo no Teatro Álvaro de Carvalho, apostando em um uso inusitado ao espaço tradicional. Na oportunidade, foi utilizada a caixa cênica do Teatro Álvaro de Carvalho como área comum para acomodar o público e a encenação. Fechou-se a cortina do palco, isolando-o da área da platéia. O público foi acomodado em arquibancadas dispostas em semi-arena. O acesso do público ao palco deu-se pela porta dos fundos do teatro, utilizada para carga e descarga de cenários. Logo em sua entrada, o público deparava-se com um portão fechado e o teatro as escuras, iluminado apenas por castiçais de velas carregados por freiras. O portão era aberto por uma delas e o público era conduzido pelas luzes das velas até seus lugares.  O espetáculo utilizou a caixa cênica do teatro em toda a sua potencialidade. Como as pernas e o ciclorama encontravam-se suspensos, todo o espaço estava desnudo ao público, que assistia as cenas desenrolarem-se nas coxias, nas portas dos camarins, nas escadas de serviço e nas varandas do palco. Os recortes, sombras e contras desenhados pela iluminação contribuíram para que o grupo atingisse o objetivo de criar, neste espaço incomum ao olho do espectador que desconhece os bastidores do teatro, uma atmosfera de mistério e suspense.   

(texto de Sulanger Bavaresco) 

PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS:

Festival catarinense de Teatro – Criciúma/SC

Festival de Teatro de Concórdia/SC

 

Equipe Técnica

Projeto Cênico: Sylvio Mantovani e Sulanger Bavaresco

Cenografia: Sylvio Mantovani

Pesquisa Sonoplastia: Pio Borges

Adereços: Valécio Turnes e Jânio Roberto de Souza

Figurino: Dé Beirão / Vânia Reis

Iluminação: Sulanger Bavaresco e Carlos Falcão

Operação de Luz: Leo Ceola

Preparação Latim: Reinaldo Grankow

Design Gráfico: Iur Gomez 

Apoio Técnico: Maria Zélia Goulart, Cristiane Gonçalves, Leonardo Tiscoski e Rosana Cacciatori

 

Patrocínio:  

AGNUS DEI – VANIA REIS

CONSTRUTORA ESPAÇO ABERTO

FLORISA VEÍCULOS 

SOS VESTIBA 

SUPERMERCADO SANTA MÔNICA 

TRATORIA ITALIANA SAPORE DO SALE

 

Apoio Cultural:

Ambiente Composto Decorações

FAED – Faculdade de Educação

Gráfica Edeme

Mezzalina Casa do Couro

Pau e Palha Artesanato

Pró-Música de Florianópolis

Restaurante Rotisseria Tia Sinhá

Star Line – Cosméticos Jafra

SEEB – Sindicato dos Bancários

SUSP – Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos

VT Divulgação espetáculo Agnus Dei - 1995

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